Pedra da Mina via Paiolinho – 26 e 27 de maio de 2018

Maravilhoso!!!!

Mais uma grande atividade do grupo GEAN realizada com sucesso, porém, a minha história já começa no dia anterior pois não consegui relaxar porque sabia que seria a minha primeira atividade de caminhada pesada com camping selvagem. Felizmente, o grupo estava composto por grandes parceiros e meu companheiro inseparável e namorado, os quais fizeram de tudo para me tranquilizar e ajudar nas horas em que precisei. Ajuda essa que foi desde apoio moral quanto em momentos em que tive dificuldades físicas, me ajudando a me superar e tornar essa experiência mais incrível ainda.

O dia começou bem cedinho, eu e o Paulo encontramos com o Fábio, que nos deu carona e saímos ainda com a luz da lua em direção a Passa Quatro encontrar com o Zé Roberto no início da trilha. As 7:30 estávamos todos reunidos, motivados e prontos para iniciar um dia de muito companheirismo e superação. A caminhada começou em mata fechada, mas tão logo o sol se fez presente e ao perdermos o aconchego das sombras das arvores nos vimos diante de uma montanha que oferece aos seus conquistadores, todos os tipos de conquistas, cabendo a nós extrair o que nos torna melhores. Me vi diante dessa situação quando após horas de subida constante, me deparar com os trechos que por si só são bastantes famosos por nome, e pude entender a fama dos trechos Deus me livre e Misericórdia. Para cruzar esses trechos, realmente tive que me impor muita superação e esforço, mas com muita paciência e reposição de energia (paradas para ar e água hehehehe), conseguimos.

O mais incrível disso tudo, é que mesmo diante da dificuldade eu me via com um objetivo traçado e iria me levar ao máximo para consegui-lo. Conforme íamos entrando montanha acima e a hora ia passando, conseguíamos fazer nossas pausas e curtir ao máximo o visual e energia que aquele lugar nos oferece.

O nosso guia Fábio foi sempre muito assertivo e nos orientou perfeitamente pela trilha, nos dando sempre muita segura e informações, já o Zé eu não consigo falar muito da subida porque ele simplesmente disparou, não consegui alcança-lo hehehehe……mas tenho certeza que ele teve um bom ritmo da subida e como não era a primeira vez que ele estava lá, não vimos problemas em ele puxar a dianteira, e ao final da subida nos encontramos.

Após cruzar os dois trechos de subidas mais famosas, nos deparamos com o maciço da montanha da Pedra da Mina. Nosso objetivo estava ali, tão próximo, mas tão longe porque ainda tinha que cruzar um pequeno vale e fazer o ataque final de cume. Tiramos forças lá do fundo e sem pestanejar iniciar o trecho final já ao entardecer do dia sob uma nevoa que nos assustou, pois era sinal de que a noite seria muito fria e eu realmente sinto muitooooo frio. Porém, para nossa surpresa, após montarmos a barraca e nos regozijarmos de uma comida quentinha, fomos surpreendidos por uma noite de céu limpo e clareado pela lua.

Depois de descansar veio a parte SURPREENDENTE, que foi poder contemplar o nascer do sol atrás do maciço das Agulhas Negras. Esse foi um momento da realização de um sonho para mim e meu namorado, pois somos frequentadores assíduos do PNI e sempre desejamos poder contemplar o nascer do sol nas Agulhas estando na Pedra da Mina, e após muitas, muitas e muitas fotos iniciamos a nossa decida.

A descida, agora com o grupo junto, foi para mim tão difícil quanto a subida, pois o corpo já sentia o esforço empreendido no dia anterior e meus dedos dos pés já reclamavam bastante. Tudo deu certo, algumas paradas, algumas tiradas de bota para acochar os dedos, paradas para lanche e hidratação, e muitas, muitas e muitas histórias dos participantes que tornaram o dia mais legal ainda.

Quanto mais o fim da trilha se aproximava e a sensação do aconchego de casa próximo, mais eu me sentia realizada e feliz por poder ter tido experiência que me tornou uma montanhista e geanista melhor. Agradeço a todos, que participaram desse momento inesquecível e em especial ao nosso grupo GEAN que não mede esforço para propagar uma atividade saudável e consciente na região.

Por: Jéssika Carvalho, sócia nº 965.