Pedra do Altar – 29 de abril de 2018

Estar entre as montanhas é sempre uma experiência única e maravilhosa. Dividir essa experiência com as pessoas que amamos torna esse momento ainda mais especial. Foi isso que aconteceu  no dia 29 de abril deste ano, quando tive a oportunidade de levar minha filha Raica até a Pedra do Altar, em atividade oficial do GEAN. O Altar foi um dos primeiros lugares que visitei no Parque Nacional do Itatiaia, e ao longo dos meus singelos cinco anos pelas montanhas, já fiz essa trilha algumas vezes, mas confesso caminhar com a Raica por essa trilha teve um gostinho especial. A expectativa no dia anterior já era grande, minha e dela. Passei a noite respondendo a perguntas como: é difícil? É alto? Por que chama Pedra do Altar? Quem vai? Quantas vezes você já foi lá? Vai passar pela ponte?

Diante da ansiedade de ambas, dormimos pouco, mas as 6 horas já estávamos prontas, á espera do Dimi. Subimos a Serra, rolou aquela tradicional paradinha no seu Miguel para tomarmos um café e nos encontramos com o restante da turma. Ao todo éramos oito, Raica, Agenor, Camargo, Fábio, Alexandre, Jobson, Dimi e eu. Café tomado e todo mundo partiu para os quilômetros finais até a portaria do parque.

Chegando ao Parque, um tradicional dia de alta temporada nos esperava, muito sol, frio e céu azul. A manhã estava perfeita para trilharmos os caminhos do Altar. A caminhada foi tranquila, embora a expectativa saltasse aos olhos da Raica que passando o abrigo já começou a perguntar da Ponte (rs sim, acreditem, ela adora passar naquela ponte). Muitas risadas, muita prosa boa, muitas histórias do senhor Camargo, não demorou muito e já estávamos na bifurcação Pedra do Altar/Cachoeira do Aiuruoca, onde nos dividimos, quem iria escalar para um lado, quem faria a trilha do Altar para o outro. A Raica foi com Agenor e Camargo rumo ao cume, enquanto Dimi, Jobson, Fábio, Alexandre e eu fomos escalar. Nossa ideia inicial era escalar umas vias mais tranquilas na base e depois fazer a Gênesis, tradicional via do Altar. Com o clima de descontração, acabamos escalando apenas as vias da base, onde rolou um campo escola bem legal. Destaque para o Alexandre, que escalou pela primeira vez e mandou super bem. Destaque também para o Jobson, que por mais uma vez nos acompanhou em mais uma escalada. E não posso deixar de destacar o retorno do Fábio as escaladas, que estava a mais de um ano sem escalar. Outro que merece destaque foi o Agenor, por mais uma vez ter confirmado sua fama de fujão e ter corrido da escalada. Pelo menos dessa vez, deu para perceber que ele passou vontade enquanto nos via escalar, o que nos fará insistir até que ele dê uma escaladinha esse ano. K-mon, Agenor. Agora, como mãe coruja que sou, tenho que dar um destaque especial a minha baixinha, minha filha, que superou todas as minhas expectativas. Fez a trilha de boa! Com certeza, a primeira de muitas. Como eu sei disso? Porque ela já disse que agora quer subir o pico. Sinal de que o bichinho da montanha já a picou… e isso é maravilhoso. Gratidão enorme ao GEAN por me proporcionar momentos como este. Até a próxima, galera! Vida longa ao GEAN.
Por: Graziela da Costa Féo Vieira, sócia nº 887.